Servidores da Prefeitura têm semana com protestos e paralisação

Na última quarta-feira, dia 20, houve manifestação na Avenida Nove de Abril. Categoria ainda não chegou a acordos por reajuste e PCS

Na última semana, a crise envolvendo a Prefeitura e os servidores municipais teve novos desdobramentos, com mais protestos e uma paralisação na quarta-feira, dia 20. Entre os motivos do descontentamento da categoria estão a proposta de reajuste de 1,73% oferecida pela Administração, a indefinição quanto ao PCS (Plano de Cargos e Salários) e, mais recentemente, um tumulto envolvendo supostos cargos comissionados do município.

Na sessão da Câmara da última terça-feira, dia 19, houve mais cobranças, com momentos de tensão durante o pronunciamento de alguns vereadores. Enquanto os de oposição eram efusivamente aplaudidos, os da situação eram vaiados e respondiam com provocações. Adeildo Heliodoro dos Santos (Dinho, do PT), por exemplo, chegou a apontar uma professora na galeria, indicando que esta seria parente do colega José Roberto Azzoline (Alemão, do PSB). Depois, fez acusações a Elenízia Garcia, presidente da APC (Associação dos Professores Municipais de Cubatão), que respondeu apoiada por outros manifestantes.

Nem mesmo a proposta da Prefeitura de um reajuste de 3,15% programado para janeiro de 2013 – que somado ao de 1,73% concedido este ano chegaria ao de 4,88% reivindicado –agradou os funcionários públicos, que exigem total reposição inflacionária ainda para este ano.

Já na quarta-feira, dia 20, houve paralisação de serviços e passeata na Avenida Nove de Abril. No entanto, por enquanto, está descartada a hipótese de greve, embora o tema seja discutido a cada segunda-feira, quando ocorrem as assembléias do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Cubatão.

Marvin não paga

Até o fechamento desta edição, vigilantes e familiares de funcionários da Marvin Segurança Patrimonial reclamavam da falta de previsão da empresa para o pagamento dos seus salários. Segundo representantes dos trabalhadores, através da página do jornal ‘Povo de Cubatão’ no Facebook, a “prefeita Márcia Rosa é responsável por essa situação”, porque a Prefeitura está sem pagar a Marvin.

“Fomos avisados em tom de ameaça – diz um funcionário, que pediu para não ser identificado – que, se pararmos de trabalhar em defesa dos nossos direitos e motivos justos, seremos demitidos com justa causa”. Os vigilantes prestam serviços a Prefeitura e já não conseguem honrar os seus compromissos pessoais, com alugueis, contas de água, luz e comida para as suas famílias.

“Queremos uma solução, ninguém está fazendo política contra”, lamentou outro contratado da Marvin.