Greve na CURSAN completa 31 dias
Segurando faixas, bandeiras e cartazes, trabalhadores da Companhia Cubatense de Urbanização e Saneamento – CURSAN promoveram uma nova manifestação, nesta quinta-feira (11), em frente o prédio da Prefeitura de Cubatão em que se localiza o gabinete da prefeita Marcia Rosa (PT). Faz 31 dias que estão em greve contra a falta de uma solução por parte da administração municipal que ainda não pagou o salário referente ao mês de julho, bem como deixou acumular na contabilidade dos atrasos que se tornaram normais, duas cestas básicas, três vales refeições, dissídio anual e também o Gift Card (uma espécie de Cartão Servidor da autarquia), dentre outros benefícios.
Para a presidente do Sindlimpeza, Paloma dos Santos, a categoria vem buscando o diálogo com a administração municipal desde o início da greve, sem sucesso: “A resposta é sempre a mesma, voltem ao trabalho e assim que eles puderem arcarão com os atrasados. Assim fica muito fácil, não é?” – sobe o tom a líder sindical.
As manifestações continuarão, anuncia Paloma, pois “queremos ser ouvidos, e tentar sensibilizar o governo municipal, pois há trabalhadores passando necessidade em suas casas com suas respectivas famílias”, finaliza.
Trabalhadores – A reportagem do jornal ‘Povo de Cubatão’ ouviu os trabalhadores presentes e apurou que a situação deles realmente não é nada boa. “Tenho três filhos. Imagine a situação que tenho que administrar em casa. Tenho que colocar tudo no papel”, diz a funcionária Lucimar Feitosa, de 44 anos.
Já a auxiliar Sueli Gadi afirma que o caso é de estresse absoluto. “Contas, faturas, gastos, tenho uma filha de dois anos. Psicologicamente passar por isso é intolerável”.
Hospital – Na área da Saúde, o caso não é muito diferente. Há oito dias o atendimento no Hospital Municipal Doutor Luiz Camargo da Fonseca e Silva é restrito e, segundo um funcionário que não quis se identificar, além do mau funcionamento, o pagamento sempre chega atrasado aos funcionários. “Pagaram a gente na última quarta-feira, ou seja, com sete dias de atraso”, relata.
Quem perde – a cidade perde como um todo diante dessas irregularidades na relação da Prefeitura com os seus servidores e prestadores de serviços. Cubatão sofre hoje com a precariedade dos serviços públicos, que no passado eram uma referência regional.