A força da Lava Jato

O cientista político Roberto Gonçalves
O cientista político Roberto Gonçalves

Desde que me conheço por gente, nunca vi uma ação pública tão útil e poderosa como a Operação Lava Jato. Um movimento que nasceu do Ministério Público, Polícia Federal e, na esfera do judiciário, da caneta corajosa do Juiz Sergio Moro, hoje a maior unanimidade nacional no quesito aprovação.

A Lava Jato fez de Curitiba um circo de horrores para os meliantes que usaram e abusaram do dinheiro público. Com o início da era lulopetista, Lula conseguiu aliança com os empresários corruptos, que fingiu xingar no passado, ao mesmo tempo que comprou maioria esmagadora no Congresso Nacional.

No Mensalão, os burocratas receberam penas estratosféricas, enquanto os políticos foram presenteados com penas suaves. Então surge a Operação Lava Jato e tudo começa mudar na história da corrupção brasileira. A coragem e determinação de Sergio Moro mandaram para a cadeia os maiores empresários do Brasil, proprietários das gigantescas empreiteiras especializadas em obras superfaturadas.

Depois da Operação Lava Jato a maioria esmagadora do povo brasileiro foi às ruas, clamando contra a corrupção, fazendo bonecos de Dilma e Lula, desenhando a fantástica coreografia verde e amarela nas ruas e praças do Brasil. As ruas fortaleceram a Operação Lava Jato, injetando mais legitimidade ao pega ladrão. Lula partiu para o contra-ataque, mas já era tarde demais. As hordas petistas, constituídas de militantes pagos e aspones dos cargos comissionados, nunca chegaram a cinco por cento das grandes concentrações populares da oposição.

O apodrecido navio petista começa fazer água e parte para a retórica do desespero, inclusive atacando até a figura incólume do grande Juiz Sergio Moro. O Brasil se transformou num imenso velho oeste, com os bandidos xingando, de todos os nomes, os mocinhos que tentavam captura-los.

Então veio o impeachment, retirando da nação petista a sombra e água fresca dos últimos treze anos. E o berro, triste e sofrido, dos petistas ou simpatizantes, continua ecoando, através de queima de pneus, invasão de órgãos públicos, quebra de tudo que apareça na frente e demais desordens, onde são mestres inigualáveis.

Aliado do PT no assalto ao dinheiro público, o velho PMDB de Sarney, Renan Calheiros, Romero Jucá, Michel Temer, Jader Barbalho, Henrique Alves e outros tantos, cansados de serem passados para trás pelo PT na divisão do dinheiro roubado, retira de Lula e Dilma todo baixo clero da então base aliada e, também com apoio da oposição, faz maioria de dois terços e despacha Dilma para as mordomias do Palácio Alvorada e retira de Lula a tão sonhada imunidade para escapar da cadeia de Sergio Moro.

E assim como o PT, o PMDB odeia a Lava Jato e não consegue disfarçar o medo de ser enquadrado e condenado. Dois ministros inimigos da Lava Jato já foram despachados. Temer faz de tudo para salvar seu time do PMDB, mas as provas contundentes da história peemedebista com o crime são irrefutáveis.

A sociedade torce pelas medidas econômicas de Temer, mas as evidências da mão grande do PMDB no Petrolão podem comprometer todo trabalho da equipe econômica.

Vamos torcer para Temer, por enquanto!

(*) Roberto Gonçalves é cientista político. E-mail: roberto.motivacao@gmail.com

imprensa

O "Povo de Cubatão" é um veículo de comunicação independente, focado na defesa dos interesses da população cubatense.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *