Morre Marcelo Gato, ex-dirigente sindical dos Metalúrgicos

Marcelo Gato foi um deputado federal dos mais combativos.

O Brasil perde Marcelo Gato, ex-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Santos e Cubatão, ex-vereador de Santos e deputado federal cassado pelo regime militar em 1976. Ele faleceu aos 71 anos de idade, em São Paulo, e seu corpo está sen

do velado no Memorial Necrópole de Santos, onde será cremado nesta terça-feira (27 de novembro), às 15h00.Atualmente, Gato era diretor de assuntos jurídicos do Sindicato Nacional dos Aposentados. Embora nascido em Sertãozinho, no Interior de São Paulo, em janeiro de 1941, foi na Baixada Santista que construiu sua trajetória sindical e política. Em 1963, ingressou na Cosipa, em Cubatão, pois tinha o curso de Química Industrial. Nessa época, filiou-se ao Partido Comunista Brasileiro, como militante.Na Cosipa, trabalhou como técnico e exerceu o cargo de chefe de turno na Aciaria, que é a unidade de produção de aço. Quando aconteceu o Golpe de 64, ele estava mergulhado na militância, no Sindicato dos Metalúrgicos, e sofreu com a intervenção da maioria dos sindicatos da região.Em 1974, elegeu-se deputado federal com 101 mil votos pelo MDB (Movimento Democrático Brasileiro). Foi um dos seis mais votados do Brasil, naquela época. No início de 1976, foi cassado, perdendo também o mandato de presidente do Sindicato dos Metalúrgicos.Anistiado em 1979, em 1982 foi novamente candidato a deputado federal, obtendo somente em Cubatão, 10.105 votos, mas não conseguiu voltar a Câmara dos Deputados em Brasília. Em 1985, quando Cubatão recuperou a sua autonomia política e administrativa, foi um dos seus candidatos a prefeito. A cidade estava impedida de eleger prefeitos desde 1969.

Formado em Direito pela Universidade Católica de Santos (UniSantos), também fez parte do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

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