Ônibus municipais voltam a circular nesta 5a. feira em Cubatão

Depois de três dias sem os serviços de transportes coletivos de passageiros e escolar em Cubatão, prestados pela Translíder, um acordo feito nesta quarta-feira (14) no Tribunal Regional do Trabalho, entre a empresa de transporte e o Sindicato dos Rodoviários, garantiu a oferta a partir desta quinta-feira (15). O compromisso firmado obriga que a Translíder pague os seus motoristas e cobradores na sexta-feira (16).

A Prefeitura de Cubatão, responsável pela manutenção desse serviço municipal com pagamento de subsídios à empresa de ônibus, esclareceu no final da tarde de hoje, que os trabalhadores manterão o estado de greve até o pagamento dos salários, mas suspenderão a paralisação dos serviços, que serão retomados no primeiro turno, às 4h00 da manhã no feriado desta quinta-feira.

A reportagem do jornal ‘Povo de Cubatão’ apurou que a Prefeitura não repassa os valores subsidiados há pelo menos três meses, devendo cerca de R$ 1,2 milhões para a Translíder.

Prefeitura é obrigada a arcar com R$ 0,75 por passageiro de ônibus

Os serviços de transportes coletivos são anunciados como os melhores da Baixada Santista e uma das principais bandeiras dos primeiros anos do governo Marcia Rosa (PT). Desde abril de 2011, o transporte coletivo de Cubatão é também o mais caro da região, com um dos maiores custos do Estado.

Um mês antes, a Prefeitura anunciou que a tarifa do ônibus municipal passaria de R$ 2,00 para R$ 2,50 e divulgou que pagaria mais R$ 0,75 para cada passageiro que circular nos coletivos da Cidade, que é explorado pela empresa TransLíder. Dessa forma o preço da viagem no transporte de Cubatão chega a R$ 3,25.

A CMT – Companhia Municipal de Trânsito calcula que, em média, 500 mil passageiros são transportados mensalmente pelos 64 ônibus que rodam nas linhas municipais. Em uma conta rápida, a Prefeitura repassa à empresa concessionária cerca de R$ 375 mil ao mês ou R$ 4,5 milhões ao ano.

Os valores pagos à TransLíder, diretamente pela Administração (na catraca, o preço continua R$ 2,50), saem do erário público.

Na época da concorrência realizada pela prefeita Marcia Rosa, a justificativa para o subsídio é a de que ele foi criado para garantir a rentabilidade do serviço de transporte coletivo, levando em conta as melhorias feitas pela empresa atual: “veículos novos; aumento de linhas; viagens; itinerários; novos bairros atendidos; integração da passagem; e principalmente, a manutenção dos cobradores”.