Sabesp pede para economizar água

A região da Baixada Santista vive um verão atípico, com calor acima da média e sem chuva. E a união desses fatores estimula naturalmente ao consumo de água além do normal, abusivo algumas vezes, quando algumas pessoas não tem a consciência de que não sabendo usar a água, ela poderá faltar para as suas principais necessidades.

Foi nesse sentido que a Sabesp, concessionária dos serviços de oferta de água tratada e da coleta e tratamento dos esgotos, viu acender uma luz amarela na região, porque sem chuvas, os mananciais não conseguem recuperar os seus níveis de produção.

Todos os meios de comunicação estão sendo utilizados, nos últimos dias, para alertar a população sobre a situação geral dos reservatórios e dos mananciais produtores de água. O diretor de Tecnologia, Empreendimentos e Meio Ambiente da Sabesp, João Paulo Tavares Papa, enfatiza que “se a vazão dos rios mão aumentar, a única forma de evitar o desabastecimento é agir no consumo. Nós estamos na dependência do regime de chuvas. Mantidas as condições atuais, sem chuva, os mananciais vão perder vazão”.

A média de consumo por pessoa é de 350 litros por dia, na região. A OMS – Organização Mundial da Saúde recomenda 110 litros por dia, suficientes para higiene pessoal, hidratação e alimentação. Ou seja, mais que o triplo do recomendado está sendo utilizado pela população, inclusive em áreas onde a Sabesp não pode atuar devido às restrições legais – um contingente que na região está estimado em 300 mil pessoas se abastecendo de maneira irregular. E para enfrentar uma situação crítica como a atual, a Sabesp está solicitando a colaboração dos moradores e turistas da Baixada Santista que economizem a água e evitem o desperdício.

A falta de chuva, desde o último dia 17 de janeiro tem causado a redução do volume dos rios que fornecem água bruta para tratamento e distribuição à população. Em janeiro, quando a média histórica de chuvas registrada nas nove cidades é de 256 milímetros, os índices pluviométricos chegaram a 171 milímetros; e as próximas precipitações estão previstas para acontecer somente a partir do próximo dia 20 de fevereiro. Ou seja, mais de um mês de tempo seco e quente. Além disso, as altas temperaturas – que superam 40 graus -, aumentaram significativamente o consumo de água.

Este é o verão mais severo em 17 anos na região, de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o que tem causado baixo nível dos rios de captação das cidades de Cubatão, Bertioga, Guarujá, Santos e São Vicente.

A Sabesp recomenda as seguintes dicas:

• Escove os dentes com a torneira fechada e use um copo de água para bochechar;
• Tome banhos curtos, de 3 minutos, fechando o registro ao ensaboar-se;
• Retire os restos de comida dos pratos e abra a torneira somente ao enxaguar as louças;
• Não use mangueiras para limpar quintais e calçadas, utilize apenas a vassoura;
• Não lave carros;
• Procure utilizar a máquina de lavar roupas em toda a sua capacidade;
• Verifique as instalações hidráulicas internas do imóvel, evitando vazamentos.

Uma campanha institucional da Sabesp, difundida nos principais veículos de comunicação, como este jornal, chama a atenção das pessoas para fazerem a sua parte, economizando água e evitando o desperdício.

Vazamentos

Conforme o diretor de Sistemas Regionais da Sabesp, Luiz Paulo de Almeida Neto, os vazamentos são o maior vilão quando o assunto é desperdício de água. Nesse sentido, a companhia trabalha para acelerar os consertos necessários e reduzir perdas que atualmente atingem a 15% do total produzido.

Luiz Paulo aposta também no acerto das previsões meteorológicas, que indicam chuvas a partir do dia 20: “Com as chuvas, o consumo cai automaticamente. O consumo está diretamente ligado à temperatura e por isso a Sabesp monitora diariamente os seus sistemas de produção e distribuição de água, para definir e redefinir as suas estratégias de prestação de serviços”.