Crise financeira prejudica atendimento no Hospital

Cubatão não consegue manter o seu hospital.
Cubatão não consegue manter o seu hospital.

A Prefeitura de Cubatão distribuiu nota à imprensa no início desta semana, informando que o Hospital Municipal dará prioridade a pacientes da Cidade em situações que não forem de emergência. Justifica que essa atitude é por causa da crise financeira no Município, e que a Prefeitura não está conseguindo honrar o pagamento do custeio do complexo de saúde – R$ 4,4 milhões mensais, dos quais 80% são repassados pela Prefeitura à Associação Hospitalar Beneficente do Brasil (AHBB), gestora do hospital.

Para o secretário municipal de Saúde, Benjamin Rodriguez Lopez, a Prefeitura está sendo obrigada a reprogramar e atrasar pagamentos. E não está nada otimista com o quê está por vir: “A perspectiva nos próximos meses é bastante preocupante. Então, a alternativa, neste momento, é garantir os atendimentos hospitalar e ambulatorial para o morador de Cubatão”, disse o médico por meio da nota escrita pela assessoria de comunicação.

Benjamin Lopez acompanhou a prefeita Marcia Rosa (PT) em viagem a Brasília, em busca de mais verba federal para o hospital. Segundo ele, do dinheiro necessário para mantê-lo, 83,4% provêm do Município, 16,5% da União e 0,1% do Governo Estadual – sem arredondamento, o Estado contribui com 0,13%, de acordo com a Secretaria de Saúde cubatense.

A prefeita petista enfatiza que “Cubatão precisa de uma decisão política de socorro ao Hospital Municipal, que atende, além da população local, cidades vizinhas e vítimas de acidentes nas rodovias e nas indústrias. A Central de Vagas (de internação) não vem transferindo nossos pacientes e encaminha pessoas de outras cidades”.

Fácil cobrar o Estado

Benjamin Lopez acrescenta à fala da prefeita Marcia Rosa, que “o fato de (o hospital) estar localizado à beira das rodovias faz com que a procura por nosso serviço seja muito grande. A população de Cubatão não pode continuar sendo prejudicada, pagando esse preço sozinha. Precisamos de apoio para dividir essa responsabilidade”.

Além da tentativa de obter mais dinheiro do Governo Federal, já se pediu verba estadual outras vezes, ainda segundo o secretário “Somos a única cidade da região onde o Estado não conta com sequer um equipamento de Saúde. Isso precisa mudar”, considera o médico Benjamin.

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